Vejo tudo e a todos
Do meu jeito mundano
E fujo da razão.
Empresto a alma do poeta
Que não sou.
Pra louvar e profanar.
Sem o juízo do intelecto
A lucidez dorme num caixão
Serena e fiel.
Como o cãozinho abandonado
Que viu em mim, o dono seu.
Coitadinho!
Não sabe que sou louco
E que nem latir eu sei.
Mas se quiser, serei seu irmão.